Hyperthyroid rage - When Bipolar Disorder hides the real disorder

Resumo do artigo

A terapia prolongada com lítio tem sido associada ao bócio eutireoidiano, ao hipotireoidismo e, menos comumente, ao hipertireoidismo. Relatamos o caso de um paciente do sexo masculino, de 19 anos, com transtorno esquizoafetivo, que foi hospitalizado após tentar sufocar a mãe. A agitação psicomotora grave persistiu apesar da alta dose de antipsicóticos. Os exames laboratoriais iniciais mostraram elevação de creatina quinase e tiroxina livre. O lítio foi substituído por valproato de sódio e novos exames laboratoriais foram obtidos. Após a descontinuação do lítio, o paciente apresentou rápida melhora da agitação e dos tremores. Não foram necessárias drogas antitireoidianas, sugerindo o diagnóstico de tireotoxicose associada ao lítio que evoluiu para remissão espontânea. Existem apenas 2 outros relatos de tireotoxicose associada ao lítio tratada com sucesso com a retirada do lítio. Mesmo os pacientes em uso prolongado de lítio não estão isentos de disfunção tireoidiana aguda e podem apresentar sintomas resistentes ao tratamento.

Palavras-chave: lítio, esquizoafetivo, tireotoxicose, relato de caso

Como citar este artigo: de Sousa Gurgel W, Dutra PE, Higa RA, da Costa CB, de Matos e Souza FG. Hyperthyroid rage: when bipolar disorder hides the real disorder. Clin Neuropharmacol. 2015 Jan-Feb;38(1):38-9. doi: 10.1097/WNF.0000000000000059. PMID: 25580922.